sábado, 11 de dezembro de 2010

Devenir-conscient dans la photographie: Une esquisse - 2

O que chamamos de devir-consciente neste relato refere-se ao conceito proposto por Depraz, Varela e Vermersch. Este conceito baseia-se na idéia de redução fenomenológica de Russerl e seu ciclo denominado epoche, porém, abandona-se o enfoque hermenêutico tradicional da fenomenologia por uma abordagem pragmática. Nesse sentido fala-se de devir-consciente para descrever um processo pelo qual:
“[...] aquilo que nos habitava de modo implícito, difuso e virtual vem a aparecer no campo da experiência de modo explicito claro e atual.” (KASTRUP, 2005, pg49)
É o processo de alterar nossa atenção diante do mundo, a partir de um rompimento com os habituais automatismos e determinismos pelos quais costumamos encarar a experiência, a partir desse passo invertemos nosso foco perceptual do exterior para o interior para enfim acolhermos a experiência a partir de uma atenção que encontra e não mais uma atenção que busca. Um procedimento que deve ser analisado em sua ocorrência, sem se preocupar em interpretar ou representar, por isso a importância de métodos de primeira pessoa, por isso a necessidade de uma cartografia, um acompanhamento da experiência em seu território de subjetivação, sem decompor seu movimento, sem paralisá-la, nem isolá-la. Pois nem mesmo a superfície da fotografia constituí-se em um plano bidimensional de congelamento, mas sim uma imagem atravessada por fluxos subjetivos constantes.

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