“As linhas se inscrevem em um Corpo sem Órgãos, no qual tudo
se traça e foge, ele mesmo uma linha abstrata, sem figuras imaginárias nem
funções simbólicas: o real do CsO. A esquizoanálise
não tem outro objeto prático: qual é o seu corpo sem órgãos? quais são suas
próprias linhas, qual mapa você está fazendo e remanejando, qual linha abstrata
você traçará, e a que preço, para você e para os outros? Sua própria linha de
fuga? Seu CsO que se confunde com ela? Você racha? Você rachará? Você se
desterritorializa? Qual linha você interrompe, qual você prolonga ou retoma,
sem figuras nem símbolos? A esquizoanálise não incide em elementos nem em
conjuntos, nem em sujeitos, relacionamentos e estruturas. Ela só incide em lineamentos, que atravessam tanto os
grupos quanto os indivíduos. Análise do desejo, a esquizoanálise é
imediatamente prática, imediatamente política, quer se trate de um indivíduo,
de um grupo ou de uma sociedade. Pois, antes do ser, há a política.”
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