segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Devenir-conscient dans la photographie: Une esquisse.

Vivemos em um mundo de imagens. Nossos avanços tecnológicos se preocupam cada vez mais em melhorar a resolução destas imagens e ampliar sua distribuição. Na era digital as imagens se tornaram bits, pixels e são acessíveis-impostas por distribuições que tendem a ignorar o espaço-tempo. As imagens adquiriram uma certa onisciência, elas podem estar em qualquer lugar a qualquer momento e serem repostas, transferidas e modificadas facilmente. Fala-se sempre de produção, as imagens são produzidas o tempo todo, sua onisciência é determinada, reticular, e formada por reproduções, invenções, reinvenções e modificações que tendem a se massificar nesta produção constante.

 É neste contexto que tentamos estudar a fotografia. Produtora de imagens par excellence, na era da informação é causa e consequência da onisciência das imagens. A capacidade de tirar fotos encontra-se democratizada como nunca, é cada vez mais fácil e mais barato tirar fotos. E no mundo dos bits não precisa-se mais de filme, sais de prata e papel ortocromático, as câmeras digitais hoje podem tirar mais de mil fotografias antes de terem que recarregar a bateria ou que acabe a memória de armazenamento, e os computadores podem armazenar quantidades ainda maiores de fotos sem se preocupar com umidade ou poeira. A velocidade de transmissão destes produtos é quase instantânea, fotos da sua família no Japão, ou da guerra no Iraque chegam em sua casa em questão de minutos. Seu uso é o mais diverso, existe tanto a fotografia como instrumento para uma analítica da verdade, produtora de evidências, fotografia publicitária, produtora de desejos, fotografia jornalística, produtora de opinião como a fotografia arte, produtora de novos mundos.

 A fotografia, hoje, faz parte do hábito e como componente intrínseco do cotidiano certos esforços são necessários em ordem de se formar um material que possa ser conduzido à análise em nossa cartografia.

Nosso objetivo ao escolher a fotografia como objeto de estudo é o de pensar o ato de fotografar e produzir uma análise sobre esta experiência. Mas debruçamo-nos sobre um ato, uma parte inseparável do restante da fotografia, um passo que não existe fora da dança, e não uma variável que se possa isolar por meio de método cientifico. Pretendemos escrever sobre uma experiência que é antes de mais nada corporificada e impossível de se desvencilhar dos agenciamentos que a operam e dos acoplamentos que a compõe. Se haverá uma hipótese a ser comprovada com este trabalho será a de que se é possível ou não se falar de devir-consciente na fotografia.

domingo, 21 de novembro de 2010

Devenir-conscient dans la photographie.1- l'image

A imagem congela-se em um plano de imanência, seu significado resultará do cruzamento das percepções interessadas do emissor e do receptor da imagem, constituindo a experiencia a partir desta relação que ultrapassa o tempo e o espaço. Uma fotografia representará as técnicas, os cuidados e as intenções do fotógrafo acumuladas no congelamento de uma cena que não deixa de guardar, também, certas proporções de caos. Este recorte estende este conjunto de fatores a uma duração que pode exceder a do próprio fotógrafo, sendo resgatado posteriormente por um receptor adiante que contribuíra com suas intenções, suas angústias e sua percepção para constituir o significado da obra-de-arte.