quarta-feira, 21 de abril de 2010

O som experimental contra o instituído

Este domingo minha banda se apresentou no e praia tênis club em vitória, em um evento de anime, o AnimeES. Estranho?
Bem, nossa banda não tem um estilo muito bem definido, o último show foi um festival meio gótico e agora um evento de anime. Tentamos fazer um som diferente, experimentando o máximo possível as possibilidades na tentativa de produzir algo novo, tentamos escapar das formas já instituídas. Nossas influências, bem, é difícil dizer, poderíamos citar bandas, mas é isso que chamaremos de influências? Nossas vidas, nossas artes, nossas práticas, nossas micropoliticas, todo este universo perpassa nossas músicas, nosso som, nosso show. E foi dessa forma, que apesar de todos os empecilhos anti-artísticos desse estado, as faltas de oportunidades, falta de grana, de tempo, tentamos mostrar nosso som, e eis que somos chamados ao animeEs. Desde antes do evento já circulavam algumas críticas ao convite de uma banda que nada tinha a ver com o público otaku, já era de se esperar, e por isso até adaptamos um pouco o nosso visual, arrumamos um cover de rock japonês e mixamos uma intro em homenagem aos fãs do gênero. Mesmo assim, como sempre, nesse estado principalmente, a resistência ao novo era forte demais, o público espera sempre por aquilo que estão sempre acostumados a ver e ouvir. Claro que eu já esperava resistência, mas dentro de um público alternativo como os fãs de cultura japonesa eu esperava sim, por mais receptividade. Mas ficou bem claro que este público, outrora, bem alternativo, já deixa a margem para seguir com o fluxo normal da sociedade de consumo. E ah, este é um desabafo, e nele eu não quero obrigar as pessoas a gostarem de tudo que é diferente, peço a penas que deêm oportunidade para o novo e não o rechacem logo de cara. Se nosso objetivo fosse agradar todo mundo não estaríamos fazendo um som experimental, mas o problema é que pessoas que poderiam gostar acabam não conhecendo por puro preconceito. Mas bem, dentro daquele universo de gente do evento e também fora, houveram muitas pessoas que nos deram a chance, pessoas que ficaram curiosas, pessoas que ficaram afetadas, a estas eu agradecerei profundamente, pois fizeram a diferença. Agradeço também aqueles que nos convidaram a tocar e acreditaram na nossa capacidade!

E putz, durante o show, apesar do sol rasgando na minha cara e de eu não poder escutar meu instrumento e do microfone do backvocal estar desligado, eu me diverti bastante! E compartilho com vocês os melhores momentos ao som de The Conqueror, música também da minha banda.

3 comentários:

  1. Já havia visto esse vídeo antes, mas é a primeira vez que leio esse post... =O Acho que vc nem vai ver o comentário, mas enfim...
    Otaku é tudo modinha! haiuahiuahiauhauihaiuahiha
    Ass: A generalista malzona.

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  2. O que que não é "modinha" né? Mas que seja modinha então sem pré-conceitos =P

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